OS FILMES DE RAY HARRYHAUSEN

novembro 15, 2012

Desde o momento em que, com a idade de treze anos, assistiu o filme King Kong / King Kong / 1933, Ray Harryhausen soube que queria devotar sua vida à criação da magia cinematográfica. Seus primeiros trabalhos foram realizados em um pequeno estúdio que ele e seu pai construíram no fundo de sua casa em Los Angeles. A partir desses testes de amador, ele iria elevar a arte da stop motion (animação quadro a quadro) ao auge, inspirando-se na obra de seu mentor, Willis O. Brien, um dos criadores de King Kong e inundando a tela com uma surpreendente variedade de dinossauros, alienígenas e criaturas míticas. Como Ray recordou, “A fantasia foi a própria base de minha carreira e os filmes permitiram-me tornar os meus sonhos realidade, dando vida a todas as idéias que existiam em minha mente”.

Neto de um imigrante alemão e filho de Fred e Martha Harryhausen, Ray nasceu  no dia 29 de junho de 1920 em Los Angeles.  O pai era um especialista freelancer em máquinas e ferramentas mecânicas, homem muito talentoso que, nas suas horas de folga, desenvolveu e patenteou algumas invenções. Quando o filho começou a fazer seus primeiros filmes amadoristicamente, ele o ajudou muito, fabricando inclusive uma engrenagem, que lhe serviu como uma espécie de grua.

Ray apreciava os livros de aventura de H.G.Wells (The War of the Worlds, The Time Machine, First Men in the Moon etc.) e Sir Conan Doyle (The Lost World); as ilustrações de Gustave Doré; os filmes Metropolis / Metropolis (Fritz Lang), Horizonte Perdido / Lost Horizon (Frank Capra), Daqui a Cem Anos / Things to Come e O Ladrão de Bagdad / The Thief of Bagdad (Alexander Korda) e, inevitavelmente, ficou fascinado pelos filmes de Merian C. Cooper e Ernest Schoedsack.

A tia de Ray era enfermeira da mãe de Sid Grauman e recebeu ingressos para ver o filme que estava sendo exibido no Chinese Theatre de Grauman. Levando Ray consigo, este subitamente se encontrou em um outro mundo, povoado de animais pré-históricos e um gorila gigantesco. O destino interveio mais uma vez quando, ainda nos seus tempos de colégio, Ray observou uma garota lendo o roteiro original de King Kong, encadernado e com ilustrações. Ray puxou conversa com a jovem, descobriu que o pai dela havia trabalhado com Willis O’Brien e ela o sugeriu que procurasse O’Brien nos estúdios da MGM.

Para surpresa de Ray, O’Brien recebeu-o muito bem, examinou suas esculturas de dinossauro feitas de barro, e o aconselhou a estudar anatomia, porque “as pernas da estátua do seu stegossauro pareciam salsichas”. Ray seguiu o conselho de O’Brien e se matriculou em um curso noturno de arte e anatomia nos Los Angeles City College, adquirindo gradualmente habilidade para desenhar seus modelos com realismo. Percebeu também que precisava adquirir mais conhecimento da técnica cinematográfica e frequentou aulas na University of Southern California, onde estudou direção de arte, fotografia e montagem.

Seu primeiro emprego profissional surgiu em 1938, quando se candidatou a um cargo de animador na série Puppetoon, produzida por George Pal para Paramount Pictures, que era também conhecida como Madcap Models (39 filmes ao todo de 1941 a 1947) e  teve primeiramente com personagem principal Jim Dandy e depois a figura de um negrinho de olhos esbugalhados chamado Jasper, que o tradutor brasileiro batizou algumas vezes de Gasparim. Ray ficou à disposição de George Pal por dois anos (1941-1942), participando de treze filmes da série.

Quando irrompeu a Segunda Guerra Mundial, Ray tinha 22 anos de idade e, achando que ia ser convocado, decidiu se preparar para prestar serviço como combat cameraman. Ainda trabalhando com George Pal, fez um curso patrocinado pela Eastman Kodak nos estúdios da Columbia, realizando nesta ocasião um filme colorido de 5 minutos em 16mm, intitulado How to Bridge a Gorge, mostrando como a animação de modelos poderia ser usada para o treinamento das tropas.

Em 1943, Ray alistou-se no Exército Americano e foi designado para o Army Signal Corp, sendo depois foi transferido para a Special Service Division, onde trabalhou na série Army-Navy Screen Magazine, passando depois para a série Porque Combatemos / Why We Fight, supervisionada por Frank Capra. Ray costumava visitar o Departamento de Desenho Animado do Army Pictorial Service, onde estava sendo realizada a famosa série Snafu, com aquele personagem do soldado que fazia tudo errado; ele esculpiu modelos de Snafu, que seriam usados pelos artistas de animação do estúdio, para reproduzir as capas da revista Yank, distribuída entre as forças armadas.

Depois da guerra, Ray fez anúncios de dois minutos em cores usando os cigarros Lucky Strike e tentou vendê-los para a televisão em Nova York; mas não conseguiu seu objetivo, pois outro animador já havia feito o mesmo com sucesso. Desapontado, Ray resolveu conhecer as ruínas do Império Maia no Mexico, antes de voltar para Los Angeles. Esta viagem proporcionou-lhe uma experiência de primeira mão sobre uma civilização antiga, que lhe serviu muito, quando começou a fazer filmes de ficção.

Retornando à California, George Pal ofereceu-lhe o antigo emprego na equipe dos Puppetoons, porém ele preferiu realizar por conta própria no seu estúdio precário filmes de três ou quatro minutos, que poderiam ser de interesse comercial para a televisão ou escolas. Escolhendo como tema contos de fadas, Ray desenvolveu uma técnica especial para filmar as histórias, que ele ambiciosamente denominou de Tridimensional Multiplane Animation.

Enquanto executava os desenhos, animação, fotografia e montagem, seu pai ajudava na construção dos cenários e modelos e sua mãe criava os figurinos e tapeçarias. Para não repetir várias vezes o nome Harryhausen nos letreiros, Ray  creditou seu pai como Fred Blasauf (o nome de solteira da mãe dele) e sua mãe como Martha Reske (o nome de solteira da mesma).  Quando todos os filmes ficaram prontos, Ray juntou-os e filmou um prólogo separado e um epílogo, usando a figura da Mother Goose (Mamãe Ganso) e seu passarinho de estimação, para apresentar as histórias com um projetor de filmes. As quatro histórias então tornaram-se conhecidas como The Mother Goose Stories / 1946 e foram as primeiras de uma série, que iria se tornar cada vez mais sofisticada.

Em seguida, Ray aceitou a incumbência de fazer comerciais para firmas ou organizações. O primeiro dos projetos foi Kenny Key, tendo como personagem uma chave de gravata borboleta, que anunciava um novo empreendimento imobiliário chamado Lakewood Housing, referente à venda de moradias para veteranos de guerra.

Durante esse período de pós guerra, Ray percebeu que os filmes de longa-metragem eram o único meio de ganhar dinheiro e assim começou a aperfeiçoar um método de fazer a animação quadro a quadro e ação ao vivo mais custo-eficiente e portanto mais atraente para os produtores. Para Evolution, um projeto que ele havia abandonado depois de ver o filme Fantasia de Walt Disney, Ray tivera a idéia de combinar modelos com uma situação real, mas só chegou a realizar um teste em 16mm colorido, colocando o modelo de um homem das cavernas em frente da retroprojeção de uma cachoeira. Embora primitivo, este teste foi o segundo passo importante para o desenvolvimento do que viria a ser a Dynamation.

O próximo acontecimento na trajetória artística de Ray Harryhausen foi a sua participação no longa-metragem, O Monstro do Mundo Perdido: um encontro com outro gorila gigantesco, Mighty Joe Young, que iria mudar sua vida, tal como King Kong mudara a vida de Willis O’Brien.

Porém a grande chance surgiu quando ele providenciou, para um orçamento mínimo, os efeitos especiais de O Monstro do Mar / The Beast from 20.000 Fathoms. O redossauro que fazia estragos no parque de diversões era impressionante e firmou sua reputação.

Seguiram-se três filmes de ficção científica realizados com poucos recursos em preto e branco. Em O Monstro do Mar Revolto / It Came from Beneath the Sea, RH criou um polvo gigantesco com cinco tentáculos, que atacava San Francisco e se enrascava na ponte Golden Gate, destruindo-a; o movimento fluente do polvo e sua integração com as tomadas de ação ao vivo deram credibilidade à fantasia, O filme marcou também sua primeira colaboração com o produtor Charles Schneer, uma relação de trabalho que durou um quarto de século.

O segundo desses filmes, Invasão dos Discos Voadores / Earth vs. The Flying Saucers, foi feito primordialmente para capitalizar a paranóia dos anos 50. Os efeitos especiais de RH deram alguma originalidade a uma história medíocre e sugeriram a ameaça extraterrestre, quase sem mostrar os alienígenas.

O mais interessante dos três filmes citados foi A 20 Milhões de Léguas da Terra / Twenty Million Miles to Earth, no qual um Ymir Venusiano crescia rapidamente e ameaçava cidades da Itália. Esses filmes em preto e branco, apesar de seus orçamentos baratos, tinham uma trama mais uniforme e um ponto de vista mais adulto do que os posteriores, que eram tecnicamente melhores mas episódicos.

No seu último filme estritamente de ficção científica, Os Primeiros Homens na Lua / First Men in the Moon, RH enfrentou os desafios da tela larga e da cor para trazer o romance de H. G. Wells à tela, dando vida aos selenitas (na realidade crianças vestindo trajes de insetos) e uma lagarta monstruosa. Subsequentemente, ele imaginou criaturas pré-históricas para seus heróis enfrentarem em A Ilha Misteriosa / Mysterious Island, Mil Séculos Antes de Cristo / One Million Years B. C. e O Vale do Gwangi / The Valley of Gwangi.

RH obteve seus maiores sucessos com as produções das “viagens” de Gulliver e Sinbad. Cada um desses filmes de narrativas episódicas apresentam exemplos extraordinários de animação como, por exemplo, o jacaré enorme em As Viagens de Gulliver / The 3 Worlds of Gulliver; a luta contra o esqueleto em Sinbad e a Princesa / The Seventh Voyage of Sinbad; a estátua da deusa Kali, o Centauro de um olho só e o Grifo em A Nova Viagem de Sinbad / The Golden Voyage of Sinbad; o Minaton e a Morsa gigante de  Sinbad e o Olho do Tigre / Sinbad and the Eye of the Tiger.

RH focalizou a mitologia grega em dois filmes, embora os elementos e as figuras mitológicas apareçam em outras produções. Em Jasão e os Argonautas / Jason and the Argonauts ele proporcionou ao público a estátua gigantesca de Talos, o ataque das Harpias, a Hydra de sete cabeças e a luta de espada entre  Jasão e seus companheiros contra sete esqueletos. Seu derradeiro filme importante, Fúria de Titãs / Clash of Titans, tem também sequências excelentes tais como a de Perseu lutando contra a Medusa e os episódios com o Kraken, Pegasus e Calibos.

Nenhum artista que trabalhou com a aventura de ficção científica ou filmes de fantasia pôde escapar da influência de RH. Suas cenas de animação eram únicas e os filmes dos quais faziam parte só são lembrados por causa das cenas. São momentos que permanecem na memória dos que as viram como exemplos de um tipo especial de encantamento cinematográfico.

FILMOGRAFIA

(A maioria das informações foi extraída de Ray Harryhausen – An Animated Life , de RH e Tony Dalton, livro com informações detalhadas de todas as filmagens  e magníficas ilustrações).

1935 – 1936 :  The Cave Bear . Filme experimental. p/b, 16mm.

1937 : The Jupiter Project. Não realizado. Filmado apenas 1 minuto de teste. 16mm, colorido.

1938 – 1940 : Evolution of the World. Não realizado. Filmadas algumas tomadas. 16mm, colorido.

1941 – 1942 :  Série Puppetoons (Madcap Models).  8 minutos. 35mm, colorido: O Guapo Pisa Flores / Western Daze (1941); Cigano por Amor / Dipsy Gypsy (1941); Gaye Knighties (1941); Hula Hula / Hoola Boola (1941); Ritmo nas Fileiras / Rhythm in the Ranks (1941); Sleeping Beauty (1941); No País das Melancias / Jasper and the Watermelon (1942); A Princesa Que Vivia nas Nuvens / The Sky Princess (1942); O Mago das Valsas / Mr. Strauss Takes a Walk (1942); As Tulipas Voltarão a Crescer / Tulips Shall Grow (1942); O Mestre João de Pau / The Little Broadcast (1942); O Pastel e a Casa Mal Assombrada / Jasper and The Haunted House (1942); Jogador Castigado / Jasper and the Choo-Choo (com Willis O’Brien).

Obs.  Na versão original a série era narrada por Rex Ingram e Victor Jory.

How to Build a Bridge (ou How to Bridge a Gorge). Filme demonstrando a possibilidade do uso da animação quadro a quadro nos filmes de treinamento. 5 minutos. 16mm, colorido.

1942 – 1945 : Vários trabalhos para o Army Signal Corp sob supervisão de Frank Capra, notadamente: Série Porque Combatemos / Why We Fight Series (Prelúdio de Guerra / Prelude to War, Os Nazistas Atacam / The Nazis Strike, Divide e Vencerás / Divide and Conquer, A Batalha da Inglaterra / The Battle of Britain, The Battle of Russia, The Battle of China, War Comes to America ), The Negro Soldier.

Modelos para a série Snafu.

Guadalcanal. Feito para ilustrar o uso da animação quadro a quadro. 10 minutos. 16mm, colorido.

1945 : Lucky Strike Cigarette Commercial. 2 minutos. 16mm. Colorido.

1946 : Mother Goose Series. As quatro histórias separadas eram canções infantís: “Little Miss Muffet”, “Old Mother Hubbard”, “The Queen of Hearts” e  “Humpty Dumpty”. 9  minutos e 57 segundos. 16mm, colorido.

Silver Dollar Commercial.  Feito para uma companhia de investimentos. 16mm, colorido.

The Three Crossses . Feito para uma organização religiosa. 16mm, colorido.

Kenny Key. Comerciais de televisão feito para um empreendimento imobiliário. 16mm, colorido.

1949 : O MONSTRO DO MUNDO PERDIDO / MIGHTY JOE YOUNG. RKO. p/b, 94 minutos. Prod: Merian C. Cooper, John Ford. Dir: Ernest B. Schoedsack. Criador Técnico: Willis O’Brien. Rot: Ruth Rose baseado na história original de Merian C. Cooper (inspirado no livro “Toto and I” da naturalista Augusta Maria Hoyt, no qual ela conta como criou um gorila órfão desde a infância na sua plantação na Africa Equatorial Francesa). Foto: J. Roy Hunt. Dir. Arte: James Basevi. Mont: Ted Cheesman. Primeiro Técnico: RH. Segundo Técnico: Pete Peterson. Ef. Óticos: Linwood Dunn. Mús: Roy Webb. El: Terry Moore, Robert Armstrong, Ben Johnson, Frank McHugh, Douglas Fowley, Regis Toomey.

Durante algum tempo correu a notícia de uma provável continuação de O Monstro do Mundo Perdido. Merian Cooper conversou com Sol Lesser, que havia iniciado a filmagem de um filme de Tarzan para a RKO/Pathé, e os dois cogitaram combinar os dois personagens numa produção intitulada Joe Young Meets Tarzan. Em 1949, Cooper e Sol Lesser anunciaram que estavam planejando este filme, que seria estrelado por Lex Barker e cujo roteiro seria escrito por Leland Laurence. Entretanto, o projeto não foi adiante.

War of the Worlds. Não realizado. 16mm, colorido. Filmado aproximadamente 4 minutos de teste. Na ocasião em que a Paramount manifestou desinteresse por War of the Worlds, RH  soube que Howard Hawks estava filmando O Monstro do Ártico / The Thing / 1951 e lhe encaminhou, através do compositor Dimitri Tiomkin, o seu rolo do teste; porém Hawks já havia decidido usar, em vez de animação, o ator James Arness, vestindo um traje de borracha. Food of the Gods. Não realizado. Apenas um desenho de uma abelha / vespa gigante.

The Valley of the Mist. Não realizado. RH fez três desenhos – chave para este projeto de Willis O’Brien.

The Story of Little Red Riding Hood. 16mm, Conto de Fadas em 16mm, colorido. 8 minutos e 22 segundos. Prod / Animação: RH. Associado: Fred Blasauf. Vestuário: Martha Reske. Narrativa: Charlote Knight. Narrador: James Matthews.

Adventures of Baron Munchhausen. Não realizado. 16mm, teste em cores.  Filmada uma tomada de aproximadamente 50 segundos com o Barão encontrando e falando com o Gigante na Lua.

1951 : The Story of Hansel and Gretel. Conto de Fadas em 16mm, colorido. 9 minutos e 47 segundos. Prod / Dir: RH. Associado: Fred Blasauf. Vestuário: Martha Rreske. Narrativa: Charlotte Knight. Narrador: Hugh Douglas.

1952 : The Story of Rapunzel. Fairy Tale 16mm, colorido, 10 minutos 25 segundos. Prod / Dir: RH. Associado: Vestuário: Martha Reske. Narrativa: Charlote Knight. Narrador: Del Moore.

O MONSTRO DO MAR / THE BEAST FROM 20.000 FATHOMS. Warner Bros. p/ b, 80 minutos. Prod: Hal Chester. Dir / Dir. Arte: Eugene Lourie. Rot: Lou Morheim, Fred Freiburger sugerido por história escrita por Ray Bradbury, “The Fog Horn”. Foto: Jack Russell. Ef. Técnicos: RH. Mús: David Buttolph. El: Paul Christian, Paula Raymond, Cecil Kellaway, Kenneth Tobey, Donald Woods, Jack Pennick, Lee Van Cleef, King Donovan.

Um Rhedossauro é descongelado por um teste de bomba atômica nuclear no Ártico e viaja sob o mar até o  seu lar original pré-histórico que, após vários milênios, tornou-se a  cidade de Nova York. Ele destrói um barco de pesca, uma batisfera e um farol e é atraído para um parque de diversões em Coney Island, onde morre alvejado por um isótopo radioativo no meio de uma montanha russa em chamas.

Dietz vendeu o filme para a Warner e este estúdio mandou fazer cópias em sépia com tingimento adicional de verde nas cenas submarinas. Foi o primeiro filme com um monstro violento dos anos 50 e inspirou o ciclo Godzilla, realizado no Japão.

The Elementals. Não realizado. RH escreveu uma sinopse e filmou 2 minutos em filme colorido de 35mm. Ele vendeu a idéia para ser desenvolvida por Jack Dietz em 1953. Os direitos da história reverteram para RH.

The Tortoise and the Hare. Não realizado. Conto de Fadas em 16mm, colorido. Somente foram filmados 3 minutos.

1953 : The Story of King Midas. Conto de fadas em 16mm. Colorido. 9 minutos e 45 segundos. Prod / Dir: RH. Associado: Fred Blasauf. Vestuário: Martha Reske. Narrativa: Charlotte Knight. Narrador: Del Moore.

1955 : O MONSTRO DO MAR REVOLTO / IT CAME FROM BENEATH THE SEA. Columbia. p/b, 80 minutos. Prod. Exec: Sam Katzman. Prod: Charles H. Schneer. Dir: Robert Gorden. Rot: George Worthing Yates, Hal Smith baseado na história de G. W. Yates. Foto: Henry Freulich. Ef. Técnicos: RH. Dir. Arte: Paul Palmentola. Mont: Jerome Thomas. Mús:  Mischa Bakaleinikoff. El: Kenneth Tobey, Faith Domergue, Donald Curtis, Harry Lauter, Ian Keith.

Quando um submarino chega ao porto, um pedaço da carne de um polvo gigantesco é encontrado nas suas hélices. Após um incidente no qual um navio cargueiro é destruído, a criatura emerge na costa de San Francisco. Depois de destruir a Ponte Golden Gate,  ela segue em direção à cidade, causando uma devastação, mas é eventualmente morto por um torpedo radioativo.

1956 : The Animal World. Warner Bros. Colorido. 82 minutos. Rot / Prod / Dir: Irwin Allen. Foto: Harold Wellman. Dir. Arte: Bert Tuttle. Mús: Paul Sawtell. Animador Supervisor: Willis O’Brien. Animação: RH.

INVASÃO DOS DISCOS VOADORES / EARTH VS THE FLYING SAUCERS. Columbia. p/b, 83 minutos. Prod. Exec: Sam Katzman. Prod: Charles H. Schneer. Dir: Fred F. Sears. Rot: George Worthing Yates, Raymond T. Marcus (Bernard Gordon). Arg: Curt Siodmak, sugerido pelo livro “Flying Saucers From Outer Space” do Major Donald E. Keyhoe. Foto: Fred Jackman, Jr. Ef. Técnicos: RH. Dir. Arte: Paul Palmentola. Mont: Danny D. Landres. Mús: Mischa Bakaleinikoff. El: Hugh Marlowe, Joan Taylor, Donald Curtis, Morris Ankrum e a voz de Paul Frees.

Discos voadores são vistos ao redor do mundo. Descobre-se que eles transportam uma raça pacífica, dotada de uma tecnologia muito mais avançada do que a nossa, que está fugindo de um planeta agonizante. Nos Estados Unidos, um disco voador pousa em uma base militar e é recebido por um fogo de artilharia hostil. Os alienígenas demonstram sua força, usando raios da morte e desfechando um ataque em larga escala sobre a Terra. Trabalhando em uma base de foguetes subterrânea, um cientista e sua esposa examinam o corpo de um alienígena capturado e descobrem que as criaturas e seus discos voadores são sensíveis ao som em alta frequência. O casal de cientistas desenvolve uma máquina que irradia sons altíssimos, que atingem os discos, fazendo com que eles se espatifem espetacularmente em vários pontos de referência de Washington D.C. como o Capitólio e a Suprema Corte.

1957 : A 20 MILHÕES DE LÉGUAS DA TERRA / 20 MILLION MILES TO EARTH. Columbia, a Morningside Production. p/b, 82 minutos. Prod: Charles H. Schneer. Dir: Nathan Juran. Rot: Bob Williams, Christopher Knopf. Arg: Charlotte Knight. Foto: Irving Lippman, Carlos Ventigmilia. Ef. Técnicos: RH. Dir. Arte: Cary Odell. Mont: Edwin Bryant. Mús: Mischa Bakaleinikoff. El: William Hopper, Joan Taylor, Frank Puglia, Thomas Browne Henry.

Ao retornar de uma missão no planeta Venus, uma espaçonave cai no mar perto da costa da Sicilia. Um grupo de pescadores locais resgata um astronauta e um ovo gelatinoso, do qual nasce uma pequena criatura, o Ymir. A atmosfera da Terra permite que o Ymir cresça até atingir um tamanho descomunal. Depois de aterrorizar a Sicilia, ele é anestesiado por eletricidade e aprisionado no jardim zoológico, para ser examinado. O Ymir consegue escapar, trava uma luta feroz contra um elefante e começa a destruir a cidade. Sua última batalha contra o exército ocorre no Coliseu de Roma.

1958 : SINBAD E A PRINCESA / THE 7TH VOYAGE OF SINBAD. Columbia, a Morningside Production. Technicolor, 89 minutos. Prod: Charles H. Schneer. Dir: Nathan Juran. Rot: Kenneth Kolb baseado história original de Ray Harryhausen. Foto: Wilkie Cooper. Ef. Técnicos: RH. Dir. Arte: Gil Parrendo. Mont: Edwin Bryant, Jerome Thomas. Mús: Bernard Herrmann. El: Kerwin Mathews, Kathryn Grant, Torin Thatcher, Richard Eyer, Alec Mango, Danny Green. Filmado em Dynamation.

Sinbad e seus companheiros desembarcam na ilha de Colossa, onde salvam o feiticeiro Sokurah das garras de um Ciclope. O mágico demonstra ingratidão pelo resgate, porque perdeu sua lâmpada mágica, que comanda um gênio. Após sua chegada em Bagdad, Sokurah cria uma Mulher-Serpente, que dança para o Califa. Mais tarde, a fim de forçar Sinbad a voltar para Colossa, a fim de achar sua lâmpada, ele reduz a princesa Parisa a uma criaturinha de poucas polegadas por meio de mágica. Retornando à ilha, desta vez com uma arma medieval para atirar flechas, Sinbad e seus companheiros, Sokurah e a minúscula princesa procuram o ovo do Pássaro Roca, que contém o ingrediente para fazer com que a princesa volte ao seu tamanho normal. No caminho eles encontram o Ciclope, que tenta  assar os homens de Sinbad em um espeto, mas Sinbad consegue cegá-lo, fazendo com que ele se precipite de um despenhadeiro. No castelo de Sokurah, que é defendido por um dragão, Sinbad é forçado a combater e destruir num luta de espada um esqueleto revivido pelo feiticeiro. Fugindo com a princesa (que readquirira sua estatura correta) e a lâmpada, Sinbad confronta Sokurah, que tenta usar o dragão para matar seu oponente. Na praia, o dragão é alvejado pela arma medieval de Sinbad e, quando cai no solo, esmaga o mágico diabólico.

1959 : AS VIAGENS DE GULLIVER / THE 3 WORLDS OF GULLIVER. Columbia, a Morningside Production. Eastmancolor, 100 minutos. Prod: Charles H. Schneer. Dir: Jack Sher. Rot: Arthur Ross, J. Sher. baseado “Gulliver’s Travels” de Jonathan Swift. Foto: Wilkie Cooper. Ef. Visuais especiais: RH. Dir. Arte: Gil Parrendo, Derek Barrington. Mont: Raymond Poulton. Mús: Bernard Herrmann. El: Kerwin Matthews, Jo Morrow, June Thorburn, Lee Patterson. Basil Sydney, Mary Ellis, Gregoire Aslan, Charles Lloyd Pack, Martin Benson, Peter Bull. Filmado em Super Dynamation. Obs. Inicialmente projetado para ser um musical estrelado por Danny Kaye.

Para fazer fortuna e conhecer o mundo, Lemuel Gulliver, emprega-se como médico em um navio, esperando que sua noiva, Elizabeth, o perdoe, quando ele voltar como um homem rico. No decorrer da viagem, descobre que Elizabeth embarcou como clandestina. Durante uma tempestade, os dois são jogados ao mar. Separado de sua noiva, Gulliver é  levado pelas ondas para uma praia e, ao despertar, percebe que está amarrado e cercado por pessoas minúsculas. Mais tarde, ele fica sabendo que este povo da ilha de Lilliput está em guerra contra os habitantes de uma ilha vizinha por causa de uma discussão de como se deve quebrar um ovo. Determinado a por fim ao ridículo conflito, Gulliver captura a esquadra inimiga e restaura a paz e a harmonia nas ilhas. Partindo à procura de Elizabeth num bote construído pelos liliputianos, ele chega a uma outra praia pertencente ao reino de Brobdingnag, povoado por gigantes. Gulliver é preso e levado por uma jovem ao palácio real, onde encontra Elizabeth. Após uma luta contra um jacaré gigante, Gulliver recebe ajuda da jovem para escapar e eventualmente ele e Elizabeth chegam de volta à Inglaterra.

1960 : Tarzan and the Ant Men . Não realizado.

1961 : Food for the Gods. Não realizado. Apenas um desenho feito de uma galinha gigantesca.

A ILHA MISTERIOSA / MYSTERIOUS ISLAND. Columbia. Eastmancolor, 101 minutos. Prod: Charles H. Schneer. Dir: Cy Endfield. Rot: John Prebble, Daniel Ullman, Crane Wilbur baseado romance “L’Ile Mysterieuse” de Jules Verne. Foto: Wilkie Cooper. Foto Submarina: Egil Woxholt. Ef. Visuais Especiais: RH. Dir. Arte: Bill Andrews. Mont: Frederick Wilson. Mús: Bernard Herrmann. El: Michael Craig, Joan Greenwood, Michael Callan, Gary Merrill, Herbert Lom, Beth Rogan, Percy Herbert, Dan Jackson. Filmado em Super Dynamation.

Durante a Guerra Civil Americana, em Richmond, Virginia, três soldados ianques, Capitão Harding, Herbert e Neb, um correspondente de guerra Spillett e um guarda confederado Pencroft, fogem da prisão durante uma tempestade, sequestrando um balão de observação. O balão chega a uma ilha remota, onde os fugitivos encontram duas náufragas inglesas, Lady Mary Fairchild e sua sobrinha Elena. O grupo encontra abrigo e proteção em uma caverna, que chamam de “Casa de Granito” e, na sua luta pela sobrevivência, eles se deparam com criaturas enormes como um caranguejo, uma abelha, um nautiloid cephalopod ( espécie de polvo) e um phororhaco (pássaro préhistórico parecido com uma galinha). Mais tarde, eles descobrem que o Capitão Nemo, que está vivendo a bordo de seu submarino danificado, o Nautilus, havia criado essa criaturas. Nemo lhes diz que o vulcão da ilha vai explodir a qualquer momento e que eles precisam escapar. No final, quando o vulcão inicia a sua destruição o grupo deixa a ilha, não no Nautilus, mas em um navio afundado por piratas que eles ergueram com a ajuda da tecnologia de Nemo. A ilha explode e Nemo morre com os seus segredos.

1963 : JASÃO E O VELO DE OURO / JASON AND THE ARGONAUTS. Columbia, a Morningside Production. Eastmancolor,  104 minutos. Prod: Charles H. Schneer. Dir: Don Chaffey.  Rot: Jan Read, Berverley Cross. Foto: Wilkie Cooper. Ef. Visuais Especiais / Prod. Assoc: RH. Dir. Arte: Herbert Smith, Jack Maxsted, Tony Sarzi-Braga. Mont: Maurice Rootes. Mús: Bernard Herrmann. El: Todd Armstrong, Gary Raymond, Nancy Kovak, Honor Blackman, Nigel Green, Michael Gwynn, Douglas Wilmer, Nial MacGinnis, Laurence Nailsmith, Jack Gwillim, Patrick Troughton, Andrew Faulds, Fernando Poggi.


Jasão foi desapossado de seu reino pelo Rei Pelias e a única maneira pela qual poderá receber sua herança é procurando o famoso velocino de ouro na terra de Colchis. Com a ajuda da deusa Hera e os impedimentos de Zeus, Jasão parte no Argo com os Argonautas, entre os quais estão Hercules e Acastus. Parando em busca de água, eles primeiramente encontram a gigantesca estátua de bronze Talos, que quase destrói a embarcação e somente é controlada, quando Jasão tira o seu sangue vital. O segundo encontro é com as harpias, que os deuses enviaram para atormentar o vidente cego Phineas. Em troca de informações sobre o  paradeiro do velocino, Jasão concorda em capturar esses demônios, o que ele consegue. Finalmente, Jasão e os Argonautas têm que passar por rochas perigosas para chegar a Colchis. Quando tudo parece perdido, o deus Tritão salva o Argo. Eventualmente, eles chegam a Colchis, onde Jasão se apaixona pela sacerdotisa Medea. O Rei Aeetes tenta impedir Jasão de levar o velocino, mas depois de matar a Hydra, que protege o precioso bem, Jason e Medea fogem. Aeetes os persegue e arremessa os dentes da Hydra no chão, de onde saem sete esqueletos armados de espadas. Juntamente com dois de seus homens Jasão enfrenta os esqueletos porém somente ele escapa, para chegar ao Argo e reencontrar Medea.

Slin and Bone. Não realizado. Apenas um desenho feito.

1964 : OS PRIMEIROS HOMENS NA LUA / FIRST MEN IN THE MOON. Columbia. LunaColor, 103 minutos. Prod: Charles H. Scneer. Dir: Nathan Juran. Rot: Nigel Kneale, Jan Read baseado história de H.G. Wells. Foto (Panavision): Wilkie Cooper. Ef. Visuais Especiais / Prod. Assoc: RH. Dir. Arte: John Blezard. Mont: Maurice Rootes. Mús: Laurie Johnson. El: Edward Judd, Lionel Jeffries, Martha Hyer, Miles Malleson, Peter Finch (não creditado). Filmado em Dynamation.

Uma expedição das Nações Unidas descobre na Lua uma bandeira inglêsa e uma carta endereçada a um tal de Arnold Bedford. Diante disso, uma equipe é enviada à aldeia de Dymchurch na Inglaterra, para descobrir se o documento é genuíno. Eles encontram Bedford e este relata sua historia espantosa. Bedford estava tentando escrever uma peca,  mas durante a visita de sua noiva Kate, a casa de um excêntrico morador local, Cavor, esta explodiu. Visitando a casa de Cavor, Bedford descobriu que ele havia inventado uma substância que interrompia a força da gravidade. Cavor lhe revelou que, usando a dita substância, pretendia viajar para a Lua em uma esfera, que ele já havia construído. Bedford decidiu acompanhá-lo como um parceiro no empreendimento e Kate acabou se juntando à expedição acidentalmente. Uma vez na Lua, eles encontraram uma raça de criaturas em forma de insetos, chamadas Selenitas, vivendo sob a superfície do planeta. Depois de enfrentar uma lagarta monstruosa, eles foram aprisionados. Bedford e Kate conseguiram fugir e chegar à esfera mas Cavor preferiu ficar na Lua. Retornando ao presente, tudo que foi encontrado pela expedição das Nações Unidas foram as ruínas da Cidade Selenita, presumivelmente destruída pelo resfriado de Cavor.

1966 : MIL SÉCULOS ANTES DE CRISTO / ONE MILLION YEARS B. C. Hammer. Technicolor, 100 minutos. Prod: Michel Carreras. Prod. Assoc: AIda Young. Dir: Don Chaffey. Rot: Michel Carreras adaptado do roteiro original de Mickell Novak, George Baker, Joseph Frickert. Foto: Wilkie Cooper. Ef. Visuais Especiais: RH. Dir. Arte: Robert Jones. Mont: James Needs, Tom Simpson. Prólogo: Les Bowie.  Mús e Ef. Musicais Especiais: Mario Nascimbene. El: Raquel Welch, John Richardson, Percy Herbert, Robert Brown, Martine Beswick.

Tumak, membro do povo agressivo das Rochas é banido de sua tribo e viaja através de uma paisagem áspera e desolada. No caminho,  encontra um lagarto gigante, uma tarântula e um brontossauro e, antes de chegar ao mar, desmaia na praia. Vivendo ali perto, o povo gentil dos Shell salva-o de ser esmagado por um arquélon (tartaruga gigante), após o que a bela Loana o ajuda a se recuperar. Um dia um alossauro invade o acampamento dos Shell e é Tumak que consegue matar a fera. Embora a tribo ficasse agradecida, Tumak é banido novamente, por ter sido obrigado a usar uma lança. Acompanhado por Loana, ele ruma de volta para a sua própria tribo mas, no percurso, eles presenciam um combate terrível entre um triceratops e um ceratossauro, e se separam. Posteriormente, eles se reúnem e, quando chegam às  Rochas, Tumak e Loana tentam ensinar agricultura a este povo. Um dia, Loana é carregada por um pteranodonte e, durante a luta deste com outra criatura voadora, ela cai no mar. Embora Tumak a tenha dado como morta, Loana consegue retornar para o seu povo e, depois que um vulcão das redondezas entra em erupção, matando muita gente,  as duas tribos se unem.

1969 : O VALE DO GWANGI / THE VALLEY OF GWANGI. Warner Bros-Seven Arts. Technicolor, 95 minutos. Prod: Charles H. Schneer. Dir: James O’Connolly. Rot: William E. Bast com material adicional de Julian More. Filme inspirado no projeto não realizado de 1941, “Gwangi”, co-produzido por Willis O’Brien e John Speaks. Foto: Erwin Hillier. Ef. Visuais / Prod. Assoc: RH. Dir. Arte: Gil Parrondo. Mont:  Henry Richardson. Mús: Jerome  Moross. El: James Franciscus, Gila Golan, Richard Carlson, Laurence Naismith, Freda Jackson, Curtis Arden. Filmado em Dynamation.

Na virada do século, uma estranha criatura é trazida do “Vale Proibido” e vendida para um Wild West Show dirigido por Champ Connors e de propriedade de T.J. Breckenridge. Tuck Kirby chega para comprar um número do espetáculo de T.J., a fim de preencher a programação do Bill Cody Show; mas quando a jovem lhe mostra a misteriosa criatura, ele percebe  que ela  vai fazer um grande sucesso. Identificado por um paleontologista britânico, Professor Bromley, a criatura vem a ser um minúsculo cavalo préhistórico chamado um eohippus. Quando a criatura é roubada por ciganos, Tuck e os cowboys do circo decidem ir ao “Vale Proibido”. Localizando a entrada escondida do vale, ele encontram um pterodáctilo e depois um ornithomino que cai nas garras de um tiranossauro, que eles chamam de Gwangi. Enquanto tentam capturar a criatura, laçando-a, eles são interrompidos por um styracossauro que luta contra Gwangi. Durante o combate, o styracossauro é morto  e os homens fogem do vale. Gwangi  os persegue, mas é atordoado por um deslizamento de rochas na entrada. Transportando -o  para o circo, os homens o apresentam como “Gwangi The Great”, porém na sua primeira apresentação, o tyranossauro escapa de sua jaula e mata um elefante. Eventualmente Gwangi é encurralado dentro da catedral da cidade,  que se incendeia.  Gwangi morre em agonia entre as chamas.

1973 : A NOVA VIAGEM DE SINBAD / THE GOLDEN VOYAGE OF SINBAD. Columbia, Eastmancolor, 105 minutos. Prod: Charles H. Schneer e RH. Dir: Gordon Hessler. Rot: Brian Clemens baseado história de B. Clemens e RH. Foto: Ted Moore. Ef. Visuais: RH. Dir. Arte: Fernando Gonzalez. Máscaras Especiais: Colin Arthur.  Mont: Roy Watts. Mús: Miklos Rozsa. El: John Philip Law, Tom Baker, Caroline Munro, Douglas Wilmer, Martin Shaw, Gregoire Aslan, Kurt Christian, Robert Shaw  (não creditado, depois de cogitado Orson Welles). Filmado em Dynarama.


Sinbad está voltando de uma viagem, quando uma criatura voadora é avistada sobrevoando sua embarcação. Um dos tripulantes atira uma flecha contra ela e a criatura deixa cair um amuleto dourado no convés. Durante uma tempestade, Sinbad tem um sonho estranho. A embarcação chega a Marabia, onde Sinbad encontra o misterioso Grande Vizir, que usa uma máscara para esconder seu rosto desfigurado, vítima da magia do diábolico Príncipe Koura. Ele possui um amuleto dourado e Sinbad percebe que ambos os amuletos se encaixam, formando o mapa da ilha perdida de Lemuria. Escutando através do Homúnculo – uma extensão de seus olhos e ouvidos – está Koura.  Sinbad, o Vizir e Margiana, uma jovem que Sinbad havia visto no seu sonho, partem em direção a Lemuria. Durante o percurso, Koura transforma a figura de proa da embarcação num ser vivo que ataca a tripulação e rouba o mapa de Lemuria. Entretanto, Sinbad e seus companheiros conseguem chegar à ilha, onde descobrem o templo de um oráculo. Este lhes diz que eles devem procurar a Fonte do Destino. Nela estão três (eles precisam achar o terceiro) amuletos dourados, que proporcionarão três dádivas a quem  os encontrar. Koura destrói o templo, encerrando Sinbad e seus companheiros no seu interior, porém eles escapam e seguem Koura ao templo dos Homens Verdes. Ali são atacados pela estátua de seis braços da deusa Kali, revivida por Koura. Sinbad e seus homens a destroem e, entre as peças partidas  da estátua, acham o terceiro amuleto. Para vingar sua deusa, os Homens Verdes oferecem Margiana como sacrifício ao Centauro Ciclópico e Koura apodera-se de todos os amuletos. Sinbad e seus homens vêem o Centauro lutando contra o Grifo, que é morto por interferência de Koura. Sinbad mata o Centauro, mas é tarde para impedir Koura de colocar os amuletos na fonte. Esta restaura a juventude que ele estava perdendo cada vez que invocava as forças do Mal e lhe dá o manto da escuridão, tornando-o invisível. Podendo ver apenas a espada de Koura, Sinbad encurrala o mágico na fonte, onde a água o torna visível. Sinbad mata Koura e das águas da fonte emerge uma riquíssima coroa, que Sinbad coloca na cabeça do Vizir, curando suas deformidades e respeitando seu legítimo direito ao  trono de Marabia.

1977 : SINBAD E O OLHO DO TIGRE / SINBAD AND THE EYE OF THE TIGER . Columbia, Metrocolor, 113 minutos. Prod: Charles H. Schneer / RH. Dir: Sam Wanamaker. Rot: Beverley Cross baseado história B. Cross e RH (extraída de um original de RH).  Foto: Ted Moore. Ef. Visuais Especiais: RH. Dir. Arte: Fernando Gonzalez, Fred Carter. Mont: Roy Watts. Mús: Roy Budd. El: Patrick Wayne, Taryn Power,  Margaret Whiting, Jane Seyour, Patrick Troughton, Kurt Christian, Nadim Sawalha. Filmado em Dynarama.

Sinbad chega em Charak com a intenção pedir o consentimento do Príncipe Kassim para desposar sua irmã, a Princesa Farah. Ele encontra a cidade sob  toque de recolher e é atacado por três demônios, que surgem de uma fogueira. Sinbad os liquida e depois fica sabendo, por intermédio de Farah, que Kassim ainda não foi coroado por causa de um encanto lançado sobre ele pela sua madrasta feiticeira Zenobia, que deseja que seu filho Rafi seja o Califa. Sinbad parte com Farah (ela trazendo consigo uma jaula coberta) para procurar Melanthius, o Eremita de Casgar, que ele espera que possa remover o encanto lançado sobre o príncipe. Zenobia e Rafi os seguem numa embarcação puxada pelo Minaton, que é um homem de metal com cabeça de touro. Durante a viagem, Sinbad descobre que na jaula está um babuíno, que vem a ser Kassim. Chegando a Casgar, eles encontram Melanthius e sua filha Dione.  O velho concorda em guiar Sinbad até as terras geladas de Hyperborea onde conseguirá os poderes para libertar Kassim da condição a que foi submetido. Reduzindo seu tamanho, Zenobia penetra na embarcação de Sinbad e fica sabendo de seu destino. O babuíno/príncipe a vê, mas ela foge enquanto uma vespa do tamanho de um pássaro ataca Melanthius. Sinbad e seus companheiros viajam pela paisagem gelada, onde encontram uma morsa descomunal e posteriormente,  em uma região tropical,  um gigantesco homem de Neanderthal com um chifre na testa. Este homem primitivo, Trog, mostra a Sinbad o caminho para o centro de Hyperborea através de um grande portão de pedra na forma de um rosto. Passando pelo portão, eles avistam uma pirâmide maciça de onde emana uma luz estranha. Zenobia já havia chegado à pirâmide e, usando a força do Minaton, tenta entrar no seu interior, porém o Minaton é destruído e a temperatura dentro da pirâmide começa a mudar. Quando Sinbad  e seus companheiros chegam, Rafi é morto. O babuíno é içado e, penetrado por uma fonte de luz, o Príncipe Kassim volta à sua forma humana. A temperatura no santuário sobe e o tigre de dentes de sabre, que estava congelado, começa a se mexer. Zenobia se metamaforseia na criatura e ataca. Trog morre lutando contra o tigre, mas Sinbad consegue matar a fera e junto com ela, todo o Mal. Sinda e seus companheiros voltam para Charak e se regojizam ao verem Kassim ser coroado Califa.

1981 : FÚRIA DE TITÃS / CLASH OF TITANS. MGM, cor, 118 minutos. Prod: Charles H. Schneer, RH. Dir: Desmond Davis. Rot: Beverley Cross. Foto: Ted Moore. Ef. Visuais Especiais: RH. Miniaturas Especiais: Cliff Culley. Máscaras: Colin Arthur. Dir. Arte: Giorgio Desideri, Peter Howitt, Don Picton, Fernando Gonzalez. Mont: Timothy Gee. Mús: Laurence Rosenthal. El: Harry Hamlin, Judi Bowker, Burgess Meredith, Laurence Olivier, Maggie Smith, Claire Bloom,  Jack Gwillim, Ursula Andress, Sian Phillips, Flora Robson, Freda Jackson,,Anna Manahan, Donald Houston, Tim Pigott-Smith, Neil McCarthy, Susan Fleetwood, Pat Roach.

Depois que sua filha Dânae dá a luz um filho de Zeus, chamado Perseu, o Rei Acrisius de Argos coloca ambos num cesto, lançando-o no mar. Despercebida por todos, uma pequena  ave branca presencia toda a cena . Esta ave é, na verdade , o deus Poseidon que voa até o Olimpo e informa a Zeus da traição de Acrisio. Zeus ordena que Poseidon liberte o Kraken para que destrua  Argos. Enquanto Argos é completamente destruída, Dânae e Perseu aportam sãos e salvos na ilha de Sérifo, onde vivem felizes até Perseu tornar-se adulto. Calibos, o filho mimado de Tétis, deusa dos mares, era o jovem escolhido para casar-se com a Princesa Andrômeda, filha da Rainha Cassiopéia, herdeira da rica cidade de Joppa. Zeus confia a Calibos a proteção dos poços da Lua mas Calibos caça, aprisiona e mata tudo o que vive lá, inclusive os rebanhos sagrados e os cavalos alados de Zeus, com exceção de Pégaso. Por punição, Zeus transforma Calibos em um monstro, forçando-o a viver como um pária nos pântanos e brejos. Furiosa pelo destino do filho, Tétis decide que, se o seu filho não desposar Andrômeda, então nenhum outro homem o fará. Perseu é trazido por Tétis de sua ilha natal para Joppa. Ele fica sabendo que Andrômeda não pode se casar, a menos que o pretendente responda corretamente uma adivinhação formulada por Calibos. Perseu decifra o enigma, decepa a mão de Calibos com uma espada, um dos presentes que ganhara dos deuses, e conquista a mão de Andrômeda. Na cerimônia de casamento, quando Cassiopéia se atreve a comparar a beleza da filha com a de Tétis, a estátua desta se espatifa e sua cabeça ganha vida, exigindo que Andrômeda seja sacrificada ao Kraken. Com a ajuda de Bubo, uma coruja mecânica, Perseu chega à presença das Bruxas Estigeanas. As três bruxas  aconselham Perseu a matar a Medusa que vive na Ilha da Morte. Pagando Caronte para levá-lo no seu barco até lá, Perseu enfrenta o cão de duas cabeças Dioskilos e corta a cabeça da Medusa, cujo olhar transforma as coisas em pedra.  Na viagem de volta, Calibos tira o sangue da Medusa, que se transforma em três escorpiões gigantes em seguida mortos por Perseu e seus companheiros juntamente com Calibos. Quando o Kraken se levanta do mar, Perseu usa a cabeça da Medusa para transformá-lo em pedra. Perseu e Andrômeda se reúnem e são imortalizados como estrelas por Zeus.

Sinbad and the 7 Wonders of the World . Não realizado.

Sinbad on Mars ou Sinbad Goes to Mars. Não realizado.

1983 : People of the Mist . Não realizado.

1984 :  Force of the Trojans. Não realizado.

1996 – 98 : The Story of Odysseus. Não realizado.

1998 : Dairylea Dip Commercial. RH creditado como consultor de animação.

1999 : Working with Dinosaurs. RH  fotografou 28 segundos de animação para este documentário da televisão britânica, exibido pelo Channel 4, no qual aparece um dos esqueletos de Jasão e o Velo de Ouro, agachando-se em frente de RH.

2000 – 2002 : The Tortoise and the Hare. 16mm, colorido. Produção de RH completando o curta iniciado em 1953. Concebido e escrito por RH e baseado em história e desenhos de sua autoria, o filme foi animado  e fotografado nos EUA por Mark Caballero e Seamus Walsh, usando os modelos originais exceto o da tartaruga, que teve que ser reconstruído, pois o original foi perdido.

Participações especiais:

1985 : Os Espiões que entraram numa Fria / Spies Like Us. Dir: John Landis. RH visto como o cirurgião, Dr. Marston,  numa barraca.

1994  :  Uma Tira da Pesada III / Beverley Hills Cop III. Dir: John Landis. RH visto como freguês num bar.

1998 : Poderoso Joe / Mighty Joe Young. RKO/Walt Disney Productions. RH visto com Terry Moore (atriz principal da primeira versão) numa festa.

7 Responses to “OS FILMES DE RAY HARRYHAUSEN”

  1. Graças a ele os filmes ainda são lembrados.

  2. Olá Sr. AC, que grande matéria ! Lendo este “post” só nos dá mais vontade de ver ou rever os filmes deste ‘”mago” da técnica em “stop-motion” ! Tenho alguns livros sobre este grande grande profissional do cinema em casa e sempre leio e/ou releio os mesmos com grande prazer ! Acredito que meu filme predileto é O Monstro do Mar Revolto.
    Abraços e até mais,
    Éder Fonseca – Porto Alegre

  3. Olá Eder. Prazer em revê-lo. Boa escolha a sua. Também gosto de O Monstro do Mar Revolto, mas admiro a técnica de Harryhausen em todos os seus filmes. Aquela luta contra os esqueletos em Jasão e os Argonautas não me sai da memória.

  4. Com certeza esta cena mencionada pelo Senhor é antológica e gosto muito da animação criada por ele para o filme da Hammer ” Mil Séculos Antes de Cristo”. Éder Fonseca

  5. Outra boa escolha.

  6. Estive ausente e ocupado organizando e colhendo mais material para meus blogs, mas é com grande alegria que retorno ao seu site e encontro este artigo sobre Harryhausen, cujos filmes de Simbad alegravam a minha infancia diante da TV, além de que tive a sorte de assistir Fúria de Titãs no cinema, quando tinha 10 anos de idade. Publicar uma série sobre os filmes de Harryhausen está nos meus planos e este texto será de grande ajuda. Obrigado por mais esta aula e por trazer de volta tão boas lembranças. Grande abraço! O site oficial: http://www.rayharryhausen.com/index.php

  7. Olá, Marcio. Que bom receber sua visita mais uma vêz. Gostei muito do artigo sobre Lon Chaney no assimerahollywood.wordpress,com, que recomendo a todos os amantes do cinema antigo. Lon é um dos meus atores prediletos do cinema mudo e de todos os tempos.Umforte abraço.

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