ROBERT FLOREY

junho 20, 2019

Como uma lista de seus filmes demonstra claramente, ele não era um grande cineasta, mas não se pode negar sua contribuição para a História do Cinema Americano. Durante quase meio século de atividade cinematográfica, de 1916 a 1963, dirigiu 65 filmes de longa-metragem e 225 filmes de televisão, sobressaindo na sua carreira a criação de alguns dos primeiros filmes de vanguarda americanos; a contribuição para o primeiro tratamento de Frankenstein / Frankenstein / 1931 de James Whale; co-direção com Joseph Santley do primeiro filme dos Irmãos Marx, No Hotel da Fuzarca / The Cocoanuts / 1929 e de Monsieur Verdoux / Monsieur Verdoux / 1947 com Charles Chaplin; direção de clássicos do horror como Os Assassinatos da Rua Morgue / Murders of the Rue Morgue / 1932, A Máscara de Fogo / Face Behind the Mask / 1941, Os Dedos da Morte / The Beast With Five Fingers / 1946; direção de bons filmes de vários gêneros realizados com poucos recursos (assinalados mais adiante por um asterisco); episódios de Twilight Zone, Alfred Hitchcock Presents, Outer Limits e inúmeras outras séries. Além disso, ele foi o primeiro diretor-historiador de Hollywood (v. g. “Hollywood D’Hier et D’Aujord’Hui”) e trabalhou em vários países – México, Inglaterra, França, e Alemanha – e na maioria dos grandes estúdios de Hollywood.

Robert Florey

Robert Florey (1900-1979) nasceu em Paris. Seu pai faleceu pouco depois de seu nascimento. Sua mãe casou-se de novo, porém morreu dentro de poucos anos, deixando o menino sem parentes, a não ser a família de seu padrasto. Este cuidou de sua educação e, quando Florey teve problemas de saúde, ele o matriculou na École Professionelle de Géneve.  Quando fez dezesseis anos, o padrasto faleceu, e o rapaz teve que deixar a escola.

O cinema ainda estava na sua infância na Suiça, mas Florey logo se envolveu na indústria cinematográfica, primeiramente trabalhando na colocação de intertítulos em filmes estrangeiros da Select Film de Genebra (além de exercer o jornalismo, trabalhar no teatro e ainda encontrar tempo para interpretar um detetive no filme de Alfred Lind, Le Cirque de la Mort /  1916) e depois formando uma companhia produtora com um grupo de amigos e a ajuda do produtor-cameraman-ator Leon Tombet, que tinha muita experiência na filmagem de travelogues sobre a paisagem campestre da Suiça.

Durante a Primeira Guerra Mundial, os filmes de Charles Chaplin faziam successo e a Tombet Films decidiu fazer um filme imitando o estilo de Chaplin. O papel principal foi entregue ao acrobata Walter Gfeller, conhecido como o “Carlitos Suiço”. Tombet dirigiu e Florey forneceu o roteiro deste filme burlesco em dois atos, intitulado Isidore a la Deveine, atuando também como ator e cameraman. Após dois meses de cuidadosa preparação, a Tombet Films realizou Une Heureuse Intervention, provavelmente o primeiro filme de longa-metragem suiço. Apesar de seus cinco rolos de duração, o filme foi completado em apenas oito dias com um orçamento de 350 dólares. Florey escreveu o roteiro deste melodrama sentimental sobre um jovem esportista que, salvando uma jovem de um bando de ladrões, começa a conquistá-la, libertando-a de um noivo covarde. O crédito oficial da direção coube a Tombet, mas Florey, além de atuar mais uma vez também como ator e cameraman, dirigiu algumas cenas. No mês seguinte, foi feito um novo filme chapliniano, Isidore Sur le Lace, desta vez, Florey foi autorizado a dirigir seu próprio roteiro.

Ansioso por aprender mais em uma firma líder na indústria de cinema, Florey deixou Genebra e, em 1921, arranjou emprego no estúdio Gaumont em Nice com Louis Feuillade, que estava dirigindo L’Orphelinee Saturnin ou le Bon Allumeur. Florey foi uma espécie de faz-tudo, percorrendo diversos bairros para despertar os atores, geralmente mal humorados; entrando nos bares para escolher figurantes; correndo para o estúdio a fim de transmitir para os aderecistas as novas ordens do diretor; ou substituindo algum ator ou figurante que estivesse faltando no último minuto antes do início da filmagem.

Enquanto trabalhava no estúdio, Florey continuou sua carreira jornalística, escrevendo na revista Cinemagazine. O conhecimento e o interesse do jovem pelo cinema impressionou aqueles que ele entrevistava, inclusive Max Linder, que o incentivou a tentar a sorte nos Estados Unidos. Prometendo escrever artigos sobre os astros de Hollywood, Florey obteve ajuda financeira de seu editor, Jean Pascal, e partiu para a América.

John Gilbert, Lillian Gish e o diretor King Vidor na filmagem de Monte Cristo

Ao chegar em Hollywood, Florey dirigiu-se ao estúdio da Fox e, como não havia guardas no portão, foi entrando, Quando parou para ver a equipe de Monte Cristo (filme de 1922 com John Gilbert) em ação, ficou tão desapontado pela incorreção da atmosfera francêsa, que se colocou em frente das duas câmeras e interrompeu a filmagem. Por sorte, o fotógrafo era um outro emigrado francês Lucien Andriot. Entendendo o protesto do jovem, Andriot conseguiu convencer o diretor, Emmett J. Flynn, de que Florey não deveria ser expulso do set, mas contratado como consultor técnico.

Quando a filmagem de Monte Cristo terminou, Florey tornou-se um gag writer para as Comédias Sunshine de Al St. John e algumas vêzes era chamado para fazer umas breve aparições como, por exemplo, o xerife em Straight to the Farm / 1922. Ele logo se tornou amigo dos astros que entrevistava para a Cinemagazine e de toda a colônia francêsa. Em novembro de 1922, foi contratado como diretor de publicidade internacional de Mary Pickford e Douglas Fairbanks, encarregando-se das cartas dos fãs, escrevendo os intertítulos francêses de Robin Hood / Robin Hood / 1922 e escrevendo mais tarde o livro “Douglas Fairbanks, sa vie, ses films, ses aventures” (Paris, Ed. Jean Pascal, 1926). Florey ficou íntimo da dupla famosa, do fotógrafo Paul Ivano e de Rudolph Valentino, que o convidou para ser seu assessor de imprensa. Nesta função, Florey viajou pelos Estados Unidos e pela Europa.

Ao retornar para Hollywood, Florey e Paul Ivano, com o auxílio financeiro do empresário Humphrey Birge, fundaram uma produtora independente, Imperial Films, cujo primeiro filme, Fifty-Fifty / 1923, comédia de dois rolos com o ator francês Maurice de Canonge, ficou poucos dias em cartaz em Los Angeles e não encontrou distribuidor. A esta altura, Florey havia escrito mais dois livros sobre Hollywood (“Filmland – Los Angelès et Hollywood les capitales du cinéma” e “Deux ans dans les studios américains”) e iniciou uma série de biografias sobre Pola Negri, Charles Chaplin e Adolphe Menjou, todas escritas em francês e publicadas em Paris. Florey então tornou-se assistente de direção de Louis J. Gasnier no filme Vinho Capitoso / Wine / 1924 da Universal e, em junho do mesmo ano, foi para o Canadá com Charles de Rochefort, para produzir peças curtas e esquetes em francês.

Robert Florey e Charles Chaplin

Voltando ao cinema em outubro, ele foi assistente do diretor Alfred Santell em Noites Parisienses / Parisian Nights na F.B.O., onde conheceu Josef von Sternberg e, pelos próximos anos, continuou trabalhando como assistente de diretor e consultor técnico. Seu cuidado e atenção para o detalhe ao criar atmosferas européias, particularmente na Metro-Goldwyn-Mayer, mereceu muitos elogios. Entrementes, von Sternberg, que havia sido contratado pela MGM, pediu a Florey que fosse seu assistente em Amor, Vício e Virtude / The Masked Bride com Mae Murray; porém o estúdio não gostou do trabalho de Sternberg e Christy Cabanne terminou o filme. De todos os diretores dos quais foi assistente, von Sternberg foi que mais exerceu influência sobre Florey, principalmente no que concerne à iluminação e ao uso de sombras.

Durante os oito meses seguintes, Florey dirigiu testes e serviu como consultor técnico na MGM. Ele prestou assistência a Christy Cabanne em Monte Carlo / Monte Carlo / 1926; Edmund Goulding em Uma Aventura em Paris / Paris / 1926; Robert Z. Leonard em A Vida é uma Comédia / Time the Comedian / 1925 e Vingança da Esposa / Dance Madness / 1926; Phil Rosen em Ele e a Cigana / The Exquisite Sinner / 1926; John M. Stahl em O Adorável Mentiroso / The Gay Deceiver / 1926 e King Vidor em O Grande Desfile / The Big Parade / 1925, La Bohème / La Bohème / 1926 e O Cavalheiro dos Amores  / Bardelys the Magnificent / 1926.

Com sua variada experiência, Florey sentiu-se capaz de se tornar um diretor de longas-metragens e solicitou uma promoção aos executivos da MGM. Estes, no entanto, aconselharam-no a começar com uma produção independente, e lhe arrumaram uma posição na Tiffany. Chegando lá, foi informado de que, o que estavam precisando mais, era de um roteirista. Ele escreveu o roteiro de O Direito de Viver / That Model from Paris / 1926, mas quando o diretor, Louis J. Gasnier, ficou doente, foi chamado para substituí-lo – sem receber crédito por nenhuma de suas duas intervenções. Satisfeito com o seu trabalho, os executivos da companhia lhe entregaram a direção de Conquistado à Força / One Hour to Love / 1927, estrelado por Jacqueline Logan, um dos filmes mais importantes do estúdio.

Como o programa da Tiffany para o ano já estava quase completo, não havia mais trabalho diretorial disponível no estúdio e assim Florey decidiu aceitar um trabalho na Fox, ajudando Frank Borzage a preparar o clima da Paris na Primeira Guerra Mundial para O Sétimo Céu / 7thHeaven / 1927. Depois disso, foi para a Samuel Goldwyn Company, tornando-se primeiro assistente do diretor Henry King em Chama do Amor / The Magic Flame. Em seguida, preparou uma adaptação do romance “The Houseboat on the Styx”, a qual envolvia uma multidão de personagens históricos, que seriam interpretados pelos top stars da companhia: Douglas Fairbanks como D’Artagnan; Mary Pickford como Mary Stuart; Charles Chaplin, Hamlet; John Barrymore, François Villon; Gloria Swanson, Cleopatra; Norma Talmadge, Madame du Barry. Florey ainda sugeriu que Ernest Lubitsch interpretasse Napoleão, porém o projeto não vingou, porque o diretor Emmett Flynn, dono dos direitos de adaptação, pediu um preço muito alto.

A Idade Romântica / The Romantic Age, feito para a Columbia, marcou o retorno de Florey à direção, seguindo-se Face Value na Sterling Pictures, companhia independente chefiada por Joe Rock e baseada na Universal. Florey continuou na Universal, tornando-se gagman e assistente de William Beaudine na comédia Forasteiros em Paris / The Cohens and the Kellys in Paris / 1928 (atuando também como diretor de segunda unidade) e voltou  a ser assistente de direção de Henry King em  Pecadora sem Mácula / The Woman Disputed / 1928.

Life and Death of 9413

Os quatro curtas experimentais que Florey fez entre 1927 e 1929  – The Life and Death of 9413 – a Hollywood Extra e seus três sucessores, The Loves of Zero, Johann the Coffin Maker e Skyscraper Symphony – marcaram o início de sua carreira como diretor com uma evidente influência do expressionismo e da vanguarda. Em The Life and Death of 9413, o melhor dos três, Florey assinou a direção e a montagem com Slavo Vorkapich e ambos cuidaram da fotografia juntamente com Paul Ivano e Gregg Toland.

The Love of Zero

O sucesso de Florey com os filmes de vanguarda despertou a atenção dos executivos da Paramount-Famous Players Lasky, que estavam à procura de novos talentos para realizar seus primeiros filmes falados. Como virtualmente ninguém tinha experiência com o novo meio do cinema sonoro, Florey tornou-se subitamente tão qualificado como diretor  quanto os outros colegas mais antigos na indústria. Assim, foi contratado e enviado para o velho estúdio Astoria em Long Island, que fôra reaberto para facilitar as filmagens com os astros e estrelas dos palcos de Nova York. O supervisor do estúdio, Monta Bell, precisava de um jovem diretor capaz de descobrir rostos fotogênicos com vozes adequadas aos filmes, para substituir os atores que não pudessem mais serem “utilizados”. O próximo passo seria testar alguns dos aprovados em um ou até dois shorts de um ou dois rolos. Florey filmou duas dúzias deles e finalmente recebeu a incumbência de filmar:  Night Club / 1928, musical dramático com mais de vinte astros da Broadway; The Pusher-in-the-Face / 1928, comédia dramática baseada em um conto de F. Scott Fitzgerald; e um travelogue, Bonjour New York / 1928, mostrando Maurice Chevalier e sua esposa Yvonne Vallée, descobrindo as maravilhas de New York City.

Cena de O Grilhão Eterno

Cena de O Hotel da Fuzarca

O primeiro filme falado de Florey, O Grilhão Eterno / The Hole in the Wall, envolvendo gângsteres e espiritualismo, impulsionou as carreiras de Claudette Colbert e Edward G. Robinson. O segundo filme falado dele, Hotel da Fuzarca, trouxe os Irmãos Marx para a tela. Embora este filme seja visto hoje quase que exclusivamente por causa dos Marx, igualmente importante em 1929 eram as sequências musicais acompanhando várias melodias de Irving Berlin, o que obrigou Florey a dividir o crédito diretorial com Joseph Santley, um dos muitos talentos do teatro contratados pelo estúdio para trabalhar no cinema durante a transição para o som. Muitas das inovações na fotografia de sequências musicais, tradicionalmente creditadas a Rouben Mamoulian e Busby Berkeley podem ser encontradas em No Hotel da Fuzarca.

Cena de A Batalha de Paris

Após ter filmado A Batalha de Paris / The Battle of Paris / 1929 sem entusiasmo, porque o script era muito fraco, salvando-se apenas as quatro canções de Cole Porter, interpretadas pela atriz inglêsa Gertrude Lawrence, Florey voltou para a Europa, onde fez três filmes para os produtores Pierre Braunberger e Roger Richebé: A Estrada da Glória / La Route est Belle / 1929 com o barítono francês André Baugé; L’Amour Chante / 1930 com Pierre Bertin da Comédie-Française; Le Blanc et Le Noir / 1931, baseado em uma peça de Sacha Guitry com Raimu e Alerme. Enquanto dirigia A Estrada da Glória, ele supervisionou a versão espanhola, El Professor de mi Mujer e escreveu o roteiro da versão alemã, Komm zu mir zum Rendez-Vous, juntamente com o diretor Carl Boese. Quase no final da filmagem de Le Blanc et le Noir, Florey desentendeu-se com Richebé por questão de salário e foi substituído por Marc Allégret.

Cena de Os Assassinatos na Rua Morgue

Insatisfeito com o tratamento que recebeu por parte de Braumberger-Richebé, Florey voltou para os Estados Unidos e prosseguiu sua carreira americana colaborando (sem ser creditado) no roteiro de Frankenstein / Frankenstein / 1931, filme que ele esperava dirigir, mas a Universal deu preferência para James Whale. Como compensação pela perda da direção de Frankenstein, Florey recebeu a incumbência de dirigir Assassinatos da Rua Morgue / Murders in the Rue Morgue / 1932 * que, em termos de intriga, pouco tinha a ver com a obra de Edgar Allan Poe: foi inventado o personagem do Dr. Mirakle, cientista louco interpretado por Bela Lugosi e o de Pierre Dupin, jovem estudante de medicina. Da narrativa à cenografia e à fotografia nenhum outro longa-metragem de Florey foi tão influenciado pelo estilo expressionista e a colaboração com o fotógrafo Karl Freund também foi significativa, notadamente no que diz respeito à movimentação da câmera.

Florey continuou trabalhando por dois mêses na Universal, colaborando na redação de alguns scriptsde horror com Garrett Fort. No início de 1932, aceitou o convite do produtor Sam Bischoff, o novo chefão da Tiffany (rebatizada de K.B.S. e depois comprada pela World Wide), e dirigiu dois filmes nesta companhia: The Man Called Back, melodrama versando sobre a reabilitação de um médico desacreditado com Conrad Nagel, Doris Kenyon, John Halliday e Those We Love, história sentimental sobre um triângulo amoroso com Mary Astor, Kenneth MacKenna, Lilyan Tashman, sendo que o primeiro recebeu mais o aplauso dos comentaristas pela sua esplêndida atmosfera, fotografia e valores de produção.

Gene Raymond, Florey e Bette Davis na filmagem de Amante de seu Marido

Quando Bischoff comprou os direitos de uso do título do primeiro romance de Conan Doyle sobre Sherlock Holmes, Florey foi encarregado de escrever uma narrativa original que se ajustasse ao título e servisse como um meio de promoção para Anna May Wong e para o personagem Sherlock Holmes, interpretado por Reginald Owen; porém, tal como aconteceu com Frankenstein, o script caiu nas mãos de outro diretor, Edwin L. Marin. Só que, desta vez, foi o próprio Florey o responsável pela mudança, pois já estava se comprometendo com a Warner Bros., onde fez 13 filmes: 1933 – A Esposa Desaparecida / Girl Missing*; Amante de seu Marido / Ex-Lady. 1934 – Presa do Destino / The House on 56thStreet; O Nome é Tudo / BedsideAbnegação Registered Nurse; Smarty; I Sell Anything; Ladrões Internacionais / I Am a Thief. 1935 – A Mulher de Vermelho / The Woman in Red; O Punhal dos Bórgia / The Florentine Dagger*; Going Highbrow; Don’t Bet on Blondes; Liquidando Contas / The Pay-Off.

Em 1935, Florey voltou para a Paramount, assumindo a direção de 17 filmes até 1940: 1935 – Café Concerto / Ship Café. 1936 – Em Pleno Espetáculo / The Preview Murder Mystery *; Amantes Inimigos / Till We Meet Again *; Boulevard de Hollywood / Hollywood Boulevard; Vencida a Calúnia / Outcast *. 1937 – O Amor é como o Jogo / King of Gamblers *; Mountain Music; Amor nos Bastidores / This Way Please; Tráfico Humano / Daughter of Shanghai *; Verdugo de Si Mesmo / Dangerous to Know. 1938 – O Tirano de Alcatraz / King of Alcatraz *; Eva no Tribunal / Disbarred; Hotel Imperial / Hotel Imperial. 1939 – Caviar para Sua Excelência / The Magnificent Fraud *;Quem Matou o Campeão / Death of a Champion. 1940 – Mercadores do Crime / Parole Fixer *; Mulheres sem Nome Women Without Names.

Virginia Dabney, Florey, Anna May Wong e Evelyn Brent na filmagem de  Tráfico Humano

Ensaio de Amantes Inimigos

Ray Milland e Isa Miranda em Hotel Imperial

Cena de O Tirano de Alcatraz

Evelyn Keyes e Peter Lorre em A Máscara de Fogo

Cena de Rastro nas Trevas

Nas décadas de 40 e 50, Florey trabalhou para vários estúdios: Columbia: 1941 – A Máscara de Fogo / The Face Behind the Mask *; Rastro nas Trevas / Meet Boston Blackie *; Two in a Taxi. Warner Bros.: 1941 – Alarme no Atlântico / Dangerously They Live *. 1942 – Mulher Gângster / Lady Gangster (Florey considerava este o seu pior filme e tentou esconder seu envolvimento nele, usando o pseudônimo de Florian Roberts). 1943 – A Canção do Deserto / The Desert Song. 1945 – A Mão que nos Guia / God is My Co-Pilot; Sinal de Perigo / Danger Signal. 1946 – Os Dedos da Morte / The Beast With Five Fingers *. Twentieth Century-Fox: 1944 – O Último Gângster / Roger Touhy-Gangster*. Republic: 1944 –O Homem Fenomenal / Man from Frisco. United Artists: 1949 – Posto Avançado em Marrocos / Outpost in Moroco; Afrontando a Morte / The Crooked Way *; Ladrão com Alma / Johnny One Eye. RKO Radio Pictures: Tarzan e as Sereias / Tarzan and the Mermaids. Universal-International: 1948 – Legião Sinistra / Rogue’s Regiment. Emerald-Film Classics-Monogram: 1950  – The Vicious Years.

Florey e Peter Lorre na filmagem de Os Dedos da Morte

Cena de Afrontando a Morte

Florey dirigiu ainda porções de seis filmes sem receber crédito: O Direito de Viver / That Model from Paris (Tiffany, 1926, Dir: Louis Gasnier); Casino de Paris / Go Into Your Dance (First National-Warner Bros. 1935 Dir: Archie Mayo); Rosa do Rancho / Rose of the Rancho (Paramount, 1936 Dir: Marion Gering); Noites Perigosas / Bomber’s Moon (Twentieth Century-Fox. 1943 Dir: Charles Fuhr); Areias Escaldantes / Escape in the Desert (Warner Bros. / 1945 Dir: Edward A. Blatt); Aventuras do Capitão Fabian / Adventures of Captain Fabian (Republic-Silver Films, 1951 Dir: William Marshall) e foi diretor de segunda unidade de: Forasteiros em Paris / The Cohens and Kellys in Paris (Universal-Super-Jewel, 1928 Dir. William Beaudine; Glorificação da Beleza / Glorifying the American Girl (Paramount-Famous-Lasky, 1929) Dir: Millard Webb; Com Byrd no Polo Sul /  With Bird At the South Pole( Paramount, 1930);  Anna Christie / Anna Christie (Metro-Goldwyn- Mayer, 1930 Dir: Clarence Brown);  Amor por Telefone / I’ve Got Your Number (Warner Bros. , 1934 Dir: Ray Enright;  Óleo para as Lâmpadas da China / Oil for the Lamps of China / (First National-Warner Bros. / 1935 Dir: Mervyn LeRoy). Na sua folha corrida constam também duas contribuições não creditadas no desenvolvimento inicial dos scripts de Good-bye Again/ 1933 (Warner Bros., 1933 Dir: Michael Curtiz) e As Aventuras de Don Juan The Adventures of Don Juan (Warner Bros., 1948 Dir: Vincent Sherman).

Esse currículo fílmico indica que Florey merecia  ter sido ser objeto de mais atenção  do que a que vinha recebendo até pouco tempo quando, finalmente. surgiu um livro magnífico sobre o diretor:  “Robert Florey, The French Expressionist” (publicado originariamente pela Scarecrow Press, 1987 e republicado em 2014 pela Bearmanor Media) de autoria de Brian Taves (Ph.D. University of Southern California e arquivista da Library of Congreess). Foi nele que colhí informações para elaborar este post juntamente com as reminiscências do próprio Florey, em “Hollywood D’Hier et D’Aujourd’hui” (Prisma, 1948), especialmente o capítulo intitulado “Ma carrière a Hollywood”.

4 Responses to “ROBERT FLOREY”

  1. Que boas informações,Professor. Quantos profissionais que também estão ” meio esquecidos “mas fizeram o grande cinema.
    Obrigado.
    g alves

  2. Prezado José Maria. Como dizia um amigo meu, Cinema é Inesgotável.Procuro sempre divulgar melhor alguns nomes esquecidos ou pouco conhecidos.Um forte abraço.

  3. Mestre
    Vi muitos filmes do Florey e gosto bastante dos filmes dele estrelado pelo Peter Lorre como ” Face Behind the mask” e “beast with five fingers”,mas acho que no final da carreira ele tava topando qualquer filme pois fez ate filme de Tarzan rodado no México.
    Parabéns mais uma vez pela excelente matéria .
    Abs.

  4. Caro Nardini. Parabéns pela sua cultura cinematográfica. Procuro sempre divulgar melhor nomes esquecidos ou pouco conhecidos. Um forte abraço

Leave a Reply