OS FILMES DE MIRIAM HOPKINS

fevereiro 13, 2022

Embora tenha sido aclamada pela crítica e pelo público durante sua longa carreira, ela é lembrada como uma das atrizes mais temperamentais da Idade de Ouro de Hollywood, por causa de seus conflitos com donos de estúdio, pelas intromissões no trabalho de seus diretores e colegas, usando, por exemplo, quanto a estes últimos sua tática para ofuscá-los movimentando-se diante da câmera com a intenção de forçá-los a saírem de cena. Na verdade Miriam ere perfeccionista e quando confiava no seu diretor e colegas, tornava-se uma companheira ideal nas filmagens. Leitora assídua e patrona das artes, suas amizades incluíam escritores e intelectuais como Theodore Dreiser, Dorothy Parker, Gertrude Stein, Tennessee Wiliams. Na sua vida amorosa teve quatro maridos e dezenas de amantes entre eles alguns diretores: King Vidor, Anatole Litvak (com quem se casou) e Fritz Lang (só por uma noite durante uma viagem de trem). Em 1932, quando a adoção monoparental era ilegal na maioria dos estados americanos, ela adotou uma criança entre dois casamentos. Miriam adorava seu filho Michael e sempre o chamava de o homem mais importante de sua vida.

Miriam Hopkins

Ellen Miriam Hopkins (1902-1972) nasceu no seio de uma família rica em Savannah, Georgia, filha de Homer Ayres Hopkins e Ellen Dickinson Cutter, e criada em Bainbridge. Ela foi matriculada nas melhores instituições de ensino inclusive o Seminário Goddard em Plainfield, Vermont e na Universidade de Syracusa no Estado de Nova York. Aos vinte anos de idade de idade, quando estava estudando dança em Nova York, teve seu primeiro contato com o palco como corista em musicais da Broadway e depois fez também papéis dramáticos em peças como An American Tragedy, baseada no livro de Theodore Dreiser, Lysistrata de Aristófanes e tantas outras. Em 1930 resolveu tentar o cinema assinando contrato com a Paramount depois de ter aparecido em um curta-metragem, The Home Girl / 1928, dirigido por Edmond Lawrence e produzido no seu Astoria Studios na Costa Leste.

Miriam Hopkins, Maurice Chevalier e Claudete Colbert em O Tenente Sedutor

Logo em seguida ao seu primeiro longa-metragem na Paramount, Fast and Loose (Dir: Fred Newmeyer) comédia romântica com Carole Lombard, Frank Morgan, Charles Starrett, Harry Wadworth, Ilka Chase, Miriam teve a grande chance de se encontrar sob as ordens de Ernst Lubitsch em O Tenente Sedutor / The Smiling Lieutenant / 1931, excelente opereta, impregnada daquele humor atrevido e malicioso que caracteriza o famoso toque do grande diretor berlinense. A intriga é tipicamente lubitscheana: oficial da guarda palaciana, Tenente Niki (Maurice Chevalier), interrompe o idílio com a bela violinista e chefe de orquestra Franzi (Claudette Colbert), quando recebe ordens de se casar com a Princesa Anna (Miriam Hopkins). A violinista fica com pena de sua desajeitada rival e lhe ensina como proceder para ganhar a afeição do futuro marido. Chevalier, Miriam e Claudette formam o triângulo com muita verve cômica e o espetáculo concorreu ao Oscar de Melhor Filme.

Fredric March e Miriam Hopkins em O Médico e o Monstro

Ainda em 1931, depois de atuar em Vinte Quatro Horas / 24 Hours (Dir: Marion Gering), drama criminal com Clive Brook, Regis Toomey, Kay Francis, Miriam recebeu orientação de outro cineasta importante, Rouben Mamoulian, em O Médico e o Monstro / Dr. Jekyll and Mr. Hyde, a melhor versão da história de Robert Louis Stevenson. Ao lado de Fredrich March no papel duplo de Jekyll e Hyde (que lhe deu o Oscar, empatado com Wallace Beery), ela teve um excelente desempenho como Ivy Pearson, a garota do cabaré aterrorizada por Hyde. Realizado antes de a censura endurecer, o filme pôde mostrar sem subterfúgios o desejo carnal reprimido do médico e as insinuações sexuais da garçonete, sendo memorável a fusão da perna de Miriam, balançando na cama. A inventiva troca de filtros coloridos para revelar diferentes camadas da maquilagem de March na cena de transformação dele diante nossos olhos; o uso funcional das cortinas diagonais, da câmera subjetiva   e da trilha de som; o claro-escuro de Karl Struss, confirmaram o gênio criativo de Mamoulian, em fase cintilante.

Em 1932, após confirmar sua versatilidade e forte personalidade em três filmes irrelevantes – Mulheres Suspeitas / Two Kinds of Women (Dir: Wiliam C. de Mille), drama com Phillips Holmes, Irving Pichel; Dançando no Escuro / Dancers in the Dark (Dir: David Burton) com Jack Oakie, William Collier Jr.; O Tigre do Mar Negro / The World and the Flesh (Dir: John Cromwell) drama histórico com George Bancroft, Alan Mowbray -, Miriam distinguiu-se novamente sob o comando de Ernst Lubitsch em Ladrão de Alcova / Trouble in Paradise, comédia sofisticada de alto nível na qual dividia o estrelato com Herbert Marshall e Kay Francis. Gaston Monescu (Herbert Marshal) e Lily (Miriam Hopkins) são dois ladrões cosmopolitas que pretendem furtar as jóias de Mariette Colet (Kay Francis), empregando-se em sua casa. Depois de muitos imprevistos, finura e mordacidade, termina esta farsa mundana, deliciosamente cínica e amoral, um dos filmes prediletos do diretor em matéria de puro estilo.

Kay Francis, Herbert Marshal e Miriam Hopkins em Ladrão de Alcova

Em 1933, antes da criação do severo Código de Produção, Miriam participou de Levada à Força / The Story of Temple Drake (Dir: Stephen Roberts), drama baseado no romance “Sanctuary” de William Faulkner, obra considerada imoral pelos puritanos (entre outros motivos a descrição do estupro de uma jovem com uma espiga de milho por um gângster impotente chamado Popeye), que protestaram contra a filmagem. A Paramount deu novo título ao filme, assegurou que faria mudanças no enredo, e a produção foi iniciada com Jack LaRue no papel do estuprador (agora não mais um gângster impote nte, mas sim um contrabandista conhecido como Trigger) e Miriam como Temple Drake – neta de um magistrado de uma cidade sulista que gostava de seduzir os rapazes fazendo-os pensar que ia se entregar -, como a moça violentada e depois mantida prisioneira em um prostíbulo pelo vilão, que acaba matando. A cena do estupro (desenhada em esquetes de story board por Jean Neguleso, então consultor técnico do filme) não é mostrada. Quando Trigger se aproxima de Temple a tela escurece e ouve-se apenas um grito de terror. Miriam considerava Temple Drake um dos melhores papéis que interpretou e, de fato, deu-nos uma de suas performances mais vigorosas.

Miriam Hopkins e Jack LaRue em Levada à Força

No mesmo ano, a lourinha dinâmica (como era então chamada pelos fãs brasileiros) participou de outro filme ousado, Sócios no Amor / Design for Living, pois o enredo, utilizando somente a situação básica da peça de Noel Coward, tratava de um ménage-a-trois entre uma desenhista industrial, Gilda Farrell (Miriam Hopkins) e dois artistas promissores, o escritor Tom Chambers (Fredric March) e o pintor George Curtis (Gary Cooper). Para driblar os censores, o diretor Ernst Lubitsch empregou sua figura de retórica favorita, a elipse, de maneira brilhante, expondo com argúcia os novos e audaciosos diálogos do adaptador-roteirista Ben Hecht. Miriam era a atriz predileta de Lubitsch e atribuia o sucesso de sua carreira à influência do grande cineasta germânico.

Lubitsch dirigindo Gary Cooper, Miriam e Fredric March em Sócios no Amor

Em um terceiro filme de 1933 que Miriam fez emprestada para a MGM, Felicidade Proibida / The Stranger´s Return, ela teve oportunidade de trabalhar com outro cineasta altamente conceituado, King Vidor. No enredo, Louise Storr (Miriam Hopkins) deixa a cidade de Nova York para ficar na fazenda de seu avô (Lionel Barrymore) em PIttsville, Iwoa. Lá encontra uma alma gêmea na pessoa de um vizinho casado, Guy Crane (Franchot Tone), rapaz educado na Universidade de Cornell. Guy confessa seu amor por Louise, mas como não deseja abandonar a esposa, aceita um cargo de professor em Cornell e deixa o campo enquanto Louise, que viera da cidade, tendo herdado a propriedade do avô, encontra suas raízes no ambiente rural. Vidor capta muito bem a atmosfera simples da vida campestre, William Daniels incute poesia nos fotogramas e os três intérpretes centrais dão calor humano aos seus personagens neste drama delicado e sentimental.

Franchot Tone e Miriam Hopkins em Felicidade Proibida

Miriam fez mais dois filmes na Paramount (Toda Tua / All of Me / 1934 (Dir: James Flood), drama baseado na peça “Chrysalis” de Rose Albert Porter com Fredric March, George Raft, Helen Mack e Demônio Louro / She Loves me Not / 1934 (Dir: Elliott Nugent), comédia com Bing Crosby, Kitty Carlisle, Edward Nugent); um na RKO, A Pequena Mais Rica do Mundo / Richest Girl in the World / 1934 (Dir: William A. Seiter), comédia com Joel McCrea, Fay Wray; e um para a Pioneer, distribuído pela RKO: Vaidade e Beleza / Becky Sharp / 1935 (Dir: Rouben Mamoulian, após o falecimento de Lowell Sherman), adaptação do romance de “Vanity Fair” de William Thackeray com Frances Dee, William Faversham, Cedrick Hardwicke. Este último merece destaque por ter sido o primeiro filme de longa-metragem realizado integralmente no processo Technicolor de três cores e pelo uso pioneiro da cor com fins dramáticos, notadamente na sequência do baile da Duquesa de Richmond às vésperas de Waterloo, quando os tons azuis, verdes e amarelos vão gradualmente cedendo lugar na tela para o vermelho. Além da beleza pictórica, houve perfeita representação dos personagens descritos na crônica de costumes de Thackeray, mas faltou dramaticidade. Miriam foi indicada para o Oscar e os espectadores puderam ver seus lindos olhos azuis.

Miriam Hopkins e Frances Dee em Becky Sharp

Em 31 de agosto de 1934, Miriam havia assinado contrato com Samuel Goldwyn, mas este permitiu que ela fizesse Vaidade e Beleza para a Pioneer até encontrar um script apropriado para sua nova atriz contratada. Assim foi somente a partir de 1935 que ela começou a trabalhar para Goldwyn em quatro filmes: 1935 – Duas Almas se Encontram / Barbary Coast (Dir: Howard Hawks), drama e aventura com Edward G. Robinson, Joel McCrea, Walter Brennan, Brian Donlevy; Vende-se uma Mulher / Splendor (Dir: Elliott Nugent), comédia romântica com Joel McCrea, Helen Westley, Billie Burke, Paul Cavanagh. 1936 – Infâmia / These Three (Dir: William Wyler), drama com Merle Oberon, Joel McCrea, Bonita Granville, Catherine Doucet. 1937 – Quando Mulher Persegue Homem / Woman Chases Man (Dir: John Blystone), comédia com Joel McCrea, Charles Winninger, Broderick Crawford.  Entre estes sobressai o filme de William Wyler, versão da peça “The Children´s Hour” de Lillian Hellman, com roteiro dela própria, extirpando o lesbianismo, a fim de burlar o Hays Office. O verdadeiro tema, no entanto, como explicou Lillian ao produtor Samuel Goldwyn, é o poder da mentira, dita no filme por uma aluna (Bonita Granville) que acusa falsamente uma professora (Miriam Hopkins) de estar namorando o noivo (Joel McCrea) da outra (Merle Oberon) e com isso arruinando a escola para moças que elas fundaram. Interpretações soberbas  de Hopkins, Oberon e McCrea compondo o triângulo vítima da intrigante e também de Granville, que foi indicada  ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante aos quatorze anos de idade.

Na década de trinta Miriam fez ainda: com permissão de Goldwyn, um filme para a London Film, Os Homens Não São Deuses / Men Are Not Gods / 1936 (Dir: Walter Reisch), comédia dramática com Gertrude Lawrence, Rex Harrison, Sebastian Shaw; mais dois para a RKO, Inferno entre Nuvens / The Woman I Love / 1937 (Dir: Anatole Litvak), drama baseado no romance “L´Equipage” de Joseph Kessel, com Paul Muni, Louis Hayward, Colin Clive e Wise Girl / 1937 (Dir: Leigh Jason), comédia com Ray Milland, Margaret Dumont; e seu primeiro filme na Warner Bros., Eu Soube Amar  / The Old Maid /1939 (Dir: Edmund Goulding), melodrama materno com Bette Davis, George Brent, Donald Crisp, Mary Bryan, Louise Fazenda.

Miriam Hopkins e Bette Davis em Eu Soube Amar

 

Absorvente do início ao fim, este último avulta entre os demais pelas primorosas atuações das duas atrizes sob a direção precisa de Goulding e ainda tem a bela partitura de Max Steiner e a apurada fotografia de Tony Gaudio.  Bette é Charlotte Lovell, a jovem que tem uma filha ilegítima e a entrega para ser criada por sua prima Delia, vivida por Miriam. Esta, apesar de ter se casado com outro, ainda amava o ex-noivo (George Brent), pai da criança. Este morre e Charlotte dá a luz em segredo. O marido de Delia por sua vez é morto em um acidente. Charlottte e sua filha Tina (Jane Bryan) vão morar com Delia. Tina está convencida que Delia é sua mãe e Charlotte sua tia. A fim de que Tina, filha natural, possa se casar, Delia propõe adotá-la. Charlotte aceita, com a morte na alma.

Nos anos quarenta, Miriam fez mais três filmes na Warner (Caravana do Ouro / Virginia City / 1940 (Dir: Michael Curtiz), western com Errol Flynn, Randolph Scott, Humphrey Bogart; A Mulher de Cabelos Vermelhos / Lady With Red Hair / 1940 (Dir: Curtis Bernhardt), drama biográfico com Claude Rains, Richard Ainley, Laura Hope Crews; Uma Velha Amizade / Old Acquaintance / 1943 (Dir: Vincent Sherman), comédia sentimental baseada na peça de John Van Druten com Bette Davis, Gig Young, John Loder, Dolores Moran) e um para a Edward Small Productions, Um Cavalheiro da Noite / A Gentleman After Dark / 1942 (Dir: Edwin L. Marin), drama criminal  com Brian Donlevy, Preston Foster.

Bette Davis e Miriam Hopkins em Uma Velha Amizade

Em Uma Velha Amizade, o melhor de todos, Miriam dividiu novamente o estrelato com Bette Davis. Elas são duas amigas de infância: Katherine “Kit” Marlowe (Bette), romancista séria respeitada pelos críticos, mas pouco lida; a outra, MIldred “Millie” Burke (Miriam), autora de romances de amor populares que vendem bem. Apesar de suas rivalidades e temperamentos diferentes elas continuam amigas através dos tempos, mesmo depois que Millie descobriu que seu marido estava secretamente apaixonado por Kit. Anos mais tarde, sozinhas e reconciliadas, ela enfrentam juntas a idade madura e resolvem escrever um romance sobre sua velha amizade.

Miriam Hopkins e Oliva de Havilland em Tarde Demais

Durante cinco anos, Miriam, exceto uma rara oferta de filme que nunca se materializou, Miriam trabalhou nos palcos da Broadway ou viajando pelo país em uma peça ou outra até que, em 1949 foi chamada por William Wyler para fazer na Paramount um papel coadjuvante em Tarde Demais / The Heiress, drama psicológico baseado no romance “Washington Square” de Henry James. O filme conta a história de Catherine Sloper (Olivia de Havilland), jovem tímida e sem atrativos menosprezada pelo pai, Dr. Sloper (Ralph Richardson), um médico próspero e cortejada por um caçador de dotes, Morris Towsend (Montgomery Clift). Ao descobrir os verdadeiros sentimentos de seu progenitor e do noivo, Catherine torna-se dura, intransigente, vingativa. Miriam faz a tia excêntrica de Catherine, Lavinia Penniman, que estimula o namoro entre a sobrinha e o rapaz mal-intencionado. Wyler expõe o drama com esplêndido discernimento cinematográfico, mantendo o ritmo vivo e extraindo dos intérpretes o máximo de expressividade. São inesquecíveis a cena da filha sentada em frente da casa no instante em que o pai está morrendo e o final com o noivo batendo desesperadamente na porta de Olivia. A produção suscitou oito indicações ao Oscar: Melhor Filme, Direção, Atriz (Olivia de Havilland), Ator Coadjuvante (Ralph Richardson), Foto (preto-e-branco), Música de filme não musical, Direção de Arte (preto-e-branco), Figurinos (preto-e-branco). Ganharam: Olivia de Havilland, Aaron Copland, Harry Horner e John Meehan, Edith Head e Gile Steele.

Nos anos cinquenta, Miriam continuou atuando apenas como coadjuvante em O Quarto Mandamento / The Mating Season / 1951 / Paramount (Dir: Mitchell Leisen), comédia dramática com Gene Tierney, John Lund. Thelma Ritter; Párias do Vício / The Outcasts of Poker Flat / 1952 / Twentieth Century Fox (Dir: Joseph M. Newman), western com Anne Baxter, Dale Robertson, Cameron Mitchell; Perdição por Amor / Carrie /1952 / Paramount (Dir: William Wyler), drama romântico com Laurence Olivier, Jennifer Jones, Eddie Albert.

Nos seus quatro  derradeiros filmes na década de sessenta, atuou ainda mais duas vezes como supporting player (Infâmia / The Children´s Hour / 1961 / Mirisch-UA (Dir: William Wyler, refilmagem com Audrey Hepburn, Shirley MacLaine, James Garner, Fay Bainter; Caçada Humana / The Chase / 1966 / Columbia (Dir: Arthur Penn), drama criminal com Marlon Brando, Jane Fonda, Robert Redford, Angie Dickinson) e apareceu nos créditos como atriz principal em dois filmes: como uma cafetina na comédia Fanny Hill: Memoirs of a Woman of Pleasure / 1964 / Central Cinema Company / Pan World (Dir: Russ Meyer) e como uma ex-estrela de Hollywood envelhecida no thriller de horror O Intruso / Savage Intruder / 1969 / Congdon Productions  (Dir: Donald Wolfe).

Miriam faleceu em 9 de outubro de 1972 aos 69  anos de idade, de um ataque do coração. Seu corpo foi cremado e as cinzas enterradas no Oak City Cemetery de Baindbridge na Georgia. O epitáfio que ela escolheu era uma parafraseada citação de Shakespeare do “Hamlet”: “Good night sweet princess, and flights of angels sing thee to thy rest! (Boa-noite, amada príncesa, revoadas de anjos cantando te acompanhem ao teu repouso!”.

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